O principal tema de Eu. , escrito e dirigido por  Walter Hugo Khouri , poderia ser a formação de uma relação incestuosa, mas na verdade, o q...

236 - Eu. (Walter Hugo Khouri/1987)

O principal tema de Eu., escrito e dirigido por Walter Hugo Khouri, poderia ser a formação de uma relação incestuosa, mas na verdade, o que vemos é o tratamento ao egocentrismo do personagem principal Marcelo (Tarcisio Meira), milionário, poderoso, com mulheres de todos os tipos aos seus pés, desde prostitutas a letradas, passando por empregadas e culminando em uma obsessão por sua própria filha. Khouri constrói toda a trama de uma maneira até certo ponto terna, claro que com momentos extremamente sensuais e deliciosos. Acho eu, que nunca uma nuca feminina foi tão sexy como nessa obra, o símbolo do tesão de Marcelo.

Na trama, Marcelo reúne um time de beldades para passar o final de ano em sua propriedade localizada em uma paradisíaca ilha, para assim aproveitar tudo sozinho, como o mesmo cita, que não precisa ou liga para nada, a não ser para si mesmo. Nessa situação, temos as prostitutas que andam a tira colo (Nicole Puzzi, Monique Lafond e Monique Evans) e ainda aparecem para ebulir mais o local a filha Berenice (Bia Seidl) e a amiga psicóloga Beatriz (Christiane Torloni). Aparentemente o paraíso fica completo com tantas mulheres sexy a serviço de Marcelo, que não esconde o desejo de possuir todas, que de uma maneira ou de outra tentam desvendar a verdadeira face do caráter do homem.

Eu., ainda é um filme com diálogos mordazes e excitantes, trilha sonora que evoca sensualidade tanto quanta as belas mulheres que sempre pipocam com poucas roupas ou nuas em cena. Aliás, como são femininas essas mulheres de Khouri, colocando no chinelo muita gostosona musculosa de hoje. Elas seduzem com olhares, gestos de mão, balançar de cabelos, cruzar de pernas, um deleite para os olhos e sentidos, fazendo momentos que deveriam ser escatológicos, passarem quase que despercebidos e deixar o expectador com vontade de ser Tarcisio Meira, o ator está soberbo como o macho alfa, mostrando como deve se atuar, convincente ao extremo como sujeito poderoso, que passa por cima de tudo para obter prazer.

Se Eu., não é considerada a melhor obra de Walter Hugo Khouri, com certeza é a representatividade de um cinema nacional sem amarras, ousado e talentoso. Alguns cineastas brasileiros, desses globalizados, deveriam pegar a filmografia de Khouri e destrincha-la (como também quero fazer), para assim aprenderem como criar envolvimento de seus personagens com o publico e vice-versa, com cenas bem tratadas, sem pressa de construir a tensão e a excitação, que flui facilmente, e o epílogo, mesmo sendo polêmico, acaba deixando um sorriso safado no rosto do expectador.

14 comentários:

Aê, que alegria ver mais um fã de Khouri se formando e se deliciando com uma obra desse, que é meu cineasta brasileiro favorito. Eu adoro EU. Não ligo se ele é alvo de críticas. Acho até que com o tempo o filme se provou melhor. O personagem Marcelo nunca pareceu tanto um vampiro como nesse filme. E a Monique Evans estava muito gostosa. E a pureza sensual de Bia Siedl, então? Pelamordedeus! O cinema brasileiro já foi mais gostoso!

Unknown disse...

Ailton, concordo! Achei EU um filme maravilhoso, até bem atual mesmo, Khouri já é um dos cineastas q quero assistir muitas obras. Monique Evans está impressionante gostosa nesse filme, q cena é aquela em q se oferece para o Tarcisio, Nicole Puzzi tb me impressionou pela blz e TArcisio mandou muito bem, como vc disse, um verdadeiro vampiro! Cinema nacional na sua verdadeira essencia.

ANTONIO NAHUD disse...

Também gosto do cinema de Khouri, Celo, principalmente a primeira fase... O Corpo Ardente, As Amorosas, Noite Vazia...

O Falcão Maltês

Unknown disse...

Antonio, to esse aqui em casa e pretendo ve-los em breve. Parece q Khouri é meio viciante...hehehe...Abração!

Elson disse...

E o famosíssimo e interditado pela Xuxa "amor estranho amor", que aliás o crítico Rubens ewald bota nas nuvens?
abs

Hugo disse...

Não sou velho...rs...mas assisti este filme no cinema na época.

O filme tinha censura de 18 anos e eu deveria ter uns 16. Foi alegria de moleque conseguir entrar.

Depois vi novamente o filme e realmente é um bom trabalho. Khouri reúne um belo time de mulheres e Tarcisio Meira bota para quebrar.

Não assisti outros trabalhos de Khouri, mas pelo que andei lendo este personagem Marcelo é uma espécie de alter ego do diretor, que volta a aparecer num filme posterior chamado "Forever", interpretado por Ben Gazzara.

Abraço

Há vários filmes com o personagem Marcelo. Começou nos anos 60, com AS AMOROSAS, se eu não me engano. E foi seguindo nas décadas de 70 e 80, com algumas obras-primas, como EROS - O DEUS DO AMOR, por exemplo.

B-Cine disse...

Esse Eros eu assisti numa antiga sessao das dez do homem do bau m uma epoca em que nunca tinha ouvido falar em Kouri. Queria mesmo era ver as mulheres peladonas lá hehehehe
Marcelao passando rapidamente para parabeniza-lo pelo blog que conseguiu ficar melhor do que era. Uma referencia mesmo. Isso sem citar os textos cada vez mais deliciosos.
Pretendo em breve retornar com meu B Cine...mas ta complicado pra fazer qq coisa que seja enfim..
Um grande abraço amigo

Unknown disse...

Elson, to com esse da Xuxa aqui, pretendo ver qq dia desses, dizem q é um bom filme;

Hugo, sorte pode conferir esse no cinema, sabia q esse personagem Marcelo era recorrente na filmografia de Khouri, pretendo assistir outros dele;

Ailton, quero conferir esse! Mas ainda não achei para download, não tem no KG, mas consegui outras perolas dele lá;

Brunão! Meu amigão! Saudades das suas palavras no blog! Volte logo com o B-Cine, tá fazendo falta. Obrigado pelos elogios meu chapa, sabe q vc é uma fonte de inspiração!

Abração a Todos!

Vou conferir, fiquei instigado mais pelo seu belo texto que mostra todo o senso provocativo da obra! E Tarcisio sempre foi um ator sensacional! Não conheço nada de Khouri, rs! abs

Unknown disse...

Cris, é um filme excitante e provocativo mesmo. Tb conheço pouco de Khouri, mas to me aprofundando.
Abração!

Anônimo disse...

Esse filme é uma bosta, ha uma vontade de ser Bergmaniano, mas tudo nao passa de uma embromaçao! Como o cinema brasileiro conseguia ser tao ruim?

Um filme muito interessante!! Sensual e com belas imagens.

Assisti no Canal Brasil recentemente. E há muitos anos, mas não me lembro muito bem, assisti na sessão das dez do Silvio Santos, como outras pérolas de Khouri.

A fase do final da década de 1970 e 1980 é umas das mais polêmicas do diretor. O título de pornochanchada atrelado a eles o desvaloriza automáticamente na cabeça de muitas pessoas. Mas há muitos filmes chamados assim que são muito bons. "O olho mágico do amor", por exemplo, que não é de Khouri, com Carla Camurati e Tãnia Alves é excepcional. Um filme sexy, com sexo e mulher nua pode sim ser muito inteligente e sensível.

Em "Eu", apesar do aparente machismo, até consigo ver uma crítica ao falocrata Marcelo. Que parece uma criança chorona às vezes, o que é favorecido pela curiosa atuação de Tarcísio.

Enfim, recomendo plenamente toda a obra de Khouri. Estudo ela para o minha vida acadêmica, o que não me impediu de curtir e ser fã desse que é um dos maiores diretores brasileiros de todos os tempos. Sem dúvida.

Um abraço,

Gente, onde encontro esse filme para baixar ou assistir? Qualquer coisa, entre em contato pelo http://www.facebook.com/tarcisioegloria/ ou blogtarcisioegloria@hotmail.com